Catherine Brooks








Em meio à liberdade




Bons sentimentos não podem estar longe da liberdade
Se não existe liberdade, não há sentimentos
Se inexistir a liberdade, não há amor.




Tanto na liberdade, como no amor, há dor
Como no amor, na liberdade há terror
Liberdade é incerteza
Amor é a incerteza eterna




Desconfio que seja por isso que temos medo
Amar é doar, e toda doação tem o seu custo
A liberdade, ao contrário do amor, não tem preço
Com ela, também não se vai longe sem o amor




Tanto o amor como a liberdade são sentimentos inegociáveis,
Impossíveis de mensurar
Passam longe das máquinas de calcular,
dos computadores de última hora, economistas e bajuladores de plantão.




Amar com liberdade é sofrer as conseqüências
da incerteza
da solidão
do medo
do inexistente...




Amar com liberdade é sofrer as conseqüências
da mansidão
do ombro amigo
da paixão
do existente...




Aos seres humanos cumpre a escolha: “Amar é demasiadamente humano”








Lúcio Alves de Barros

Publicado no Recanto das Letras em 02/12/2007
Código do texto: T761538


Um comentário:

Ana Clara Couto coutoanaclara@gmail.com disse...

Quero parabenizar o poeta Lucio Alves, que escreve com garra, firmeza inovando a poesia, dando novos acordes e novas melodias.
Grande arte delicadamente sensual de Catherine Brooks. Um blog que sempre inova.
Bravo!!!