Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
-Velho caixão a carregar detroços-
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!
2 comentários:
A genialidade deste blog deixa-me encantada e fascinada. A arte de Svetlana Valueva e as poesias de Augusto dos Anjos são é um brinde à vida.
A música é de uma delicadeza e sensibilidade que emociona. Um espaço divino que surpreende.
Fada
Parabéns! Teu blog, tá espetacular. Maravilhosas postagens. Profunda Gratidão por compartilhar suas pesquisas e todo seu trabalho com seus visitantes. Amei!!! Beijos encantados.
Postar um comentário