Juan Medina

O PESADELO da VIDA

Estou sem energias e alegrias
Enfadada e cansada
Triste e pesada
Me culpando pelas desventuras dos dias

O crânio é uma enorme bola que está a quicar
Na parede do tempo que parece não passar
Com minúsculos momentos de bem estar
Que só de pensar me leva a chorar

A rotina estou levando
Como uma cruz que está pesando
Num ombro fino e continuo cambaleando
Por entre os espinhos que em meu caminho sigo pisando

Não pareço a idade que tenho
Olhos fundos em meu rosto marcam um desenho
De máscaras do teatro que a protagonista AINDA desempenho
Num palco gosmento de onde venho

Não sei se consigo clamar
Gritar, berrar, que assim não posso continuar
Não consigo dormir com a impressão de que não irei acordar
De um pesadelo que começa ao meu despertar


Sarah Aline