Amy Crehore





CANÇÃO DE AMOR AO LUAR
À lua transforma em prata
A cor morena do corpo dele;
Sobre a relva a lua brinca
Brinca no belo homem
Que na relva se estende
E a lua brinca no bem moreno corpo dele.
A lua desliza suave
Pela penugem prateada
Do bem moreno corpo dele.
A lua transforma em prata
A cor morena do corpo dele.
Brilham os olhos negros
Como ardentes raios de luar
E a boca se abre num sorriso
Com alvos dentes de marfim
E os fartos cabelos negros
Emolduram uma paisagem
Agreste e quase irreal.
A lua transforma em prata
A cor morena do corpo dele.
Um dia sob o luar de prata
Hei de deitar o meu corpo
Sobre o moreno corpo dele
E em espasmos me esvair
Ante o desejo e o gozo carnal
E me contorcer em ondas prateadas.
A lua transforma em prata
A cor morena do corpo dele
Eu olho com olhos fascinados
A cor morena do corpo dele.
A lua transforma em prata
A cor morena do corpo dele...
Helena Lins
Amy Crehore



O SILÊNCIO DO AMOR!...
Um silêncio gostoso
Que vem do amor
Vem depois do amor
Um silêncio cheio de palavras
Que não precisam ser ditas
Apenas sentidas
Esse é um silêncio doce
Terno,apaixonado
Um silêncio vivido a dois
Somente nosso momento
De doce encantamento
A fascinação da nossa paixão
Um silêncio cheio de ardor
O silêncio do amor!...
Um amor sentido com intensidade
Que nos enche de felicidade
Um silêncio apaixonante
Somente entendidos pelos amantes!...
Helena Lins
Amy Crehore





AS CORES DO AMOR!
Imagino o amor de todas as cores!
O amor é um sentimento bem colorido;
As cores fortes de Van Gogh!
As formas exuberantes de Tarsila do Amaral!
Enfim o amor é como uma grande aquarela!
Cheia de cores e Formas
E muita, muita beleza...
O amor verdadeiro
É uma pintura da felicidade,
A felicidade de quando se ama de verdade.
Transforma-se num pincel
E saí por aí
Pintando paisagens paradisíacas
Recantos onde o amor prolifera!
Enfim pintar o amor é muito fácil...
Basta simplesmente querer!
E deixar a felicidade
Dar o seu toque de genialidade
Que somente os artistas do amor podem ter!...
Helena Lins
Amy Crehore

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ASSASSINATO
Um soluço engasgado
Dentro do peito perdido;
Um grito sufocado
Na alma escondido;
A dor de um gemido
No íntimo afogado;
O pranto interrompido
Num sorriso forçado...
O orgulho recomposto,
Tirei as rugas do rosto
Transformei choro em canto
E, numa falsa altivez,
Contei de um até dez
E assassinei meu pranto
Helena Lins