René Magritte





Olhos de ver o silêncio.
Ouçamos o silêncio,
em frêmitos contemplativos
de pessoas que rápidas passam.
Cada qual com seu gemido
embutido, dormente, paciente,
desfiando novelos de sempre
em cotidianas mortes de espera
da longa jornada que vela
o por vir...
Desfia o tempo em estratos esparsos.
Espaço que estava acolá, ali, aqui,
em solidão se perdeu de si.
Ouçamos o silêncio,
em vibração atenta que busca
entre um e outro,
Um despertar do sono, da fuga,
pro sonho de novo, ouvir...
E ressurgir...
Gaiô.
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René Magritte





Anjo da Alma.
E o corpo molda o vazio...
Anjo da alma,
Dança! Dança a vida!
Escultura fluida,
conteúdo volátil,
em vôo alça espaço
galático, rítmico,
divino, profundo
no âmago do mundo.
Invisível, em coro,
ecos que entoam, ressoam...
Dança! Dança a vida!
Gaiô
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