Sergio Lucena





Vida Una.
Foca o olhar.
Ela, a menina dos olhos,
Brilha em luz consciente.
Emerge criatura,
indelével, pura,
envolta em sagrada energia.
Arrepia!
Voltagem se eleva,
e a forma-matéria,
visível no invisível,
o divino expressa.
Se unifica.
Com ela o Belo,
nutre em recarga
que doa, refaz
em fluxo imerso,
presente de si,
do outro no todo
precioso verso,
Universo...
Reverso
Multiverso...
Gaiô.
Sergio Lucena

Sergio Lucena, paraibano de 46 anos, é hoje um artista consagrado. Jacob Klintowitz que o diga. Tendo na inquietude e na busca constante por novos universos e significados uma marca registrada, deixou rastros em fases como o plano americano, o teatro de bonecos, circo, teatro e vários ícones da arte nordestina, sempre com figuras caricaturais, em uma obra que valoriza tonalidades intensas e figuras humanas distorcidas, beirando o surrealismo. São chocantes seus registros de figuras demoníacas, apresentadas em mínimos detalhes. Em determinado momento, substitui o contorno de formas pelas linhas por uma delimitação por meio da luz, mostrando uma criação estética bem mais elaborada, uma evolução no domínio da técnica. Outra característica inovadora é a parceria em um jogo de pinturas a quatro mãos, em obras divididas com Flavio Tavares, que acabaram por gerar uma obra híbrida. De certa maneira, foi a partir daí que o trabalho de Lucena ganhou novas características, como o uso maior das sombras e das figuras grotescas, resultado provavelmente da mencionada preocupação de trabalhar cada vez melhor intensidades e nuances de luz.
"...Não considero mais a felicidade inatingível, como eu acreditava tempos atrás. Agora sei que pode acontecer a qualquer momento, mas nunca se deve procurá-la.... Agora o que procuro é a paz, o prazer do pensamento e da amizade. E, ainda que pareça demasiado ambicioso, a sensação de amar e ser amado."
Sergio Lucena
Rua Artur de Azevedo 1137
São Paulo, SP CEP: 05404 012
Fone: 11 3083 1785 Cel: 11 7249 9191
http://www.sergiolucena.net/portfolio.html


Viés do olhar poético.
Entretem a razão
dando ao foco dispersão...
Veste-a de cores,
flores,
jasmins, odores,
intuires
em arco-íris de dores
disfarçadas em luares,
paisagens lidas,
sentidas,
desfolhadas em olhares,
amores.
E o coração,
sobreposto
à razão,
sucumbe
à luz,
refrata,
reluz...
Gaiô