
"Se minha poesia vibrar para um girassol tão único e solitário valerá minha jornada cujo propósito desconheço tudo é o oculto que me move"
Ana Paula Perissé*
“A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam.” *** Auguste Rodin
vale um olhar
sem direção certa
acima do corpo
que jaz em quietude
no silêncio daquilo que só
desconheço
no sofrimento de querer
parar o tempo?
vale cindir-se em lágrimas
soluçar
arfar sem ar
salgada face
ressequida de almas
em disparate com vida
que escolhemos
viver?
vale a sombra que me devora
enquanto escrevo
sem alívio
metáforas nonsense
em impulsos
vícios que devora
vontades ?
(Dependência insana do absurdo que me esvai)
Construo castelos de areia ou flores varridas até para meu túmulo.
Ana Paula Perissé*
Oceanicamente
Ana Paula Perissé*
Há mistérios que se desvelam
oceanicamente
apenas para dois
quando em conjunção
e em fragmentos de ondas
frêmitas
nuas de si
e para o vento,
unicamente.
Há deslizes de vagas
movimento impetuoso
de massas fluidas
impulsos sem nomes
que elevam superfícies
e afogam depressões em líquidos derramados
prenhes de fogo.
Há amor que se ama
oceanicamente
abarcando sem portos
ou enseadas
o indizível cingido
excedendo o sentido
do resvalado em atrito
muito, mudo e incontido.
Nó do mundo
em amor oceânico.
Quando
Desfaço lençóis
na ânsia do começo
(sem fim)
ciclo que se refaz
em microscosmos
ecoando
( nossas células embriagadas)
feito esmeraldas
reluzentes
acima
Ardo
in-consciente
de tanto...
em lumiar presente
pulsação diferente
atrevimentos só nossos...
singular
E quando a porta se bate
com força
escancaram-se fechaduras
outrora de outros
mundos
em desalinho
harmônicos
de nosso encontro
i-real com a vida
aceno em descompasso
eterno retorno
do novo
que fazemos
a cada encontro
valer cada suspiro
vigíliaamorosa
(ah! nosso tempo, só nosso...)
ensandecida
de poros
Minha proposta, ao criar este espaço, é conviver com pessoas que, como eu, apreciam e se nutrem na boa arte. Juntar, a cada sessão de postagens, um artista plástico e um poeta, emoldurados por uma música envolvente, é uma forma de estimular os sentidos. Todos os dias precisamos nos alimentar e descansar. A arte nos ajuda nisso e refina nosso espírito. Sou filósofa por formação acadêmica e me agrada muito a estética da arte. A Fada do Mar Suave, como título, é uma personagem que me permite ficar no mundo dos sonhos, e não precisa ser relacionada com a imagem física de uma pessoa.
Com amor,
Fada do Mar Suave
São Paulo, SP, Brasil
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