Ouço lá fora o ruído da tormenta
e através do emabaciado da vidraça
- vejo um clarão que as nuvens despedaça
ao rimbombar de uma explosão violenta...
Há uma luta de massa contra massa
na amplidão que rasga e se arrebenta,
- e o vento chora, e o vento geme, e o vento passa,
e o vento grita, e o vento brada, e o vento venta...
E eu só... sozinho... este meus versos faço...
- Que bem me faz ver os clarões no além
como nervos de luz brechando o espaço...
E o que sinto - ninguém, certo, advinha,
só eu mesmo, talvez, porque sei bem
que ante essa outra tormenta esqueço a minha !
J.G. Araujo Jorge
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