Soneto da mulher inútil
Que quando sobre mim, como a teu jeito
Eu tão de leve sinto-te no peito
Que o meu próprio suspiro te levanta.
Tu, contra quem me esbato liquefeito
Rocha branca! brancura que me espanta
Brancos seios azuis, nívea garganta
Branco pássaro fiel com que me deito.
Mulher inútil, quando nas noturnas
Celebrações, náufrago em teus delírios
Tenho-te toda, branca, envolta em brumas.
São teus seios tão tristes como urnas
São teus braços tão finos como lírios
É teu corpo tão leve como plumas.
Vinícius de Moraes
Um comentário:
Minha querida Fada !
Que delícia poder acessar novamente este seu maravilhoso Blog!
Que maravilha de trabalho de Julie Heffernan e Vinícius, não há o que se comentar, não é? Rs,rs,rs...
Você se supera a cada mensagem e me faz aprender muito e rever muitas coisas.
Obrigada, querida, por me ensinar tanto, obrigada por sua amizade.
Agora estou por aqui, rs,rs,rs... não saio nunca mais, rs,rs,rs,r....
Beijos
Felicidades!
BYE
Arlete Felfeli
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