Rudolf Hausner







AMOR DEMASIADAMENTE HUMANO


Em homenagem ao sábio e divino Cartola





Amei, amei, amei, amei...
Amei e aceitei
Amei e apaixonei
Amei e iluminei

Amei e acabei
Amei e rasguei
Amei e cortei
Amei e cansei

Amei com amor
Amei com valor
Amei com dor
Amei com pavor


Amei amor sem comparação
Elas se foram, você ficou
Agora a amo como a ninguém
A desejo e a quero como a mim você fosse


Não busque comparações
Amar é uma arte
Amar é um mistério
O amor é meu

O amor
Não é, e nunca foi delas
Ele está em mim, a mim ele pertence
Elas perderam, eu ganhei, venci e sobrevivi

Por isso, o ofereço com humildade
Não é muito
Sou eu
Não crie dúvidas

Sou mutante, somos mutantes
Não produza mágoas, tudo passou
Ajude-me a preservar o que novamente me invade
A capacidade de entregar, doar, adorar, valorizar, auxiliar, cuidar e amar...




Lúcio Alves de Barros

(poesia publicada no livro BARROS, Lúcio Alves de & VILELA, Antônio Henrique. Das emoções frágeis e efêmeras. Belo Horizonte: Ed. ASA, 2006. p. 118 e 119).

http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=30399





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