Mike Worrall

Mike Worrall

Nascido em 1942 em Matlock Derbyshire, Reino Unido.
Estou na pintura desde o início dos anos 1960. Sou autodidata e continuo a manter a base técnica e estilo desenvolvidas nesses primeiros anos. Estou empenhado em explorar o subconsciente e gosto Paul Delvaux e Max Ernst, entre outros.
Roman Polanski viu minha pintura de uma mina e teve a idéia de fazer o filme MacBeth. Ele baseia a segunda cena na pintura. Tenho obras em coleções de Victor Lownes, Alan Price, Roman Polanski, Nicholas Roeg, Vincent Ward e muitos outros.
Eu vivo em um ambiente rural com Margie minha esposa e nossos três filhos Callum, William e Fergus. Tenho um filho, Joshua, pela minha primeira mulher a viver em Londres.

Como uma criança sempre fui intrigado pelas pinturas misteriosas, e esta tendência está em mim. Estou firmemente convicto de que eu não devia ter a tentativa de explicar o enigma para as pessoas e que a foto deve manter algum mistério para um interesse duradouro. Gostaria de acrescentar que não é assim todos os trabalhos, estou referindo-me ao conteúdo das pinturas surrealista!

Estou interessado em sonhos, pensamentos e decifrar o subconsciente, de saber como passar de um pensamento para outro em um processo quase à deriva. Os sonhos são uma grande fonte de material para mim. Não que eu acorde e vou pintar o sonho que eu possa ter tido, mesmo que eu poderia recordá-lo, então eu tenho que fazer até o mais provável detalhes. Minhas pinturas são mais deliberadas e construídas com o elemento de mudança.
Ainda hoje me interesso em casos sobre a morte, com certeza, mas acho que o meu subconsciente, sempre teve um fascínio com belos temas, especialmente as mulheres e adoro pintá-las, e conseguir uma boa expressão no olhar. Gosto de inventar uma mulher fora da minha cabeça , mas isto nem sempre é possível. Então, eu recorro à utilização de um modelo.
Eu sou um pintor intuitivo e penso ser importante mencionar isso!












Boneca de Trapo




As cores estavam esvaindo.
O tempo pouco a pouco tirava
De meu colo, de meu afago
Pedaços de panos, pedaços de vida.



Vida que mostrou por vários
Amanhecer... entre tantos entardecer
Aquele canto de criança
Com cheiro de infância.



Trago ainda em lembranças
O fogão de lenha em fogo arder
Em panelinhas de ferro tal e qual
Mãos de pais imitava no cozer



Ah! lembranças que hoje me
Fazem sorrir da coragem
Que tinha em comer gordas
E torradas Tanajuras...



Quem em ingênuas atitudes,
Minha mãe imitava. Sorria, cantava,
Corria, Dançava... catequese...
m maio Nossa Senhora Coroava.



Ah... estas ainda aqui...
Em meu peito bem guardado aquela
Boneca de Trapo... que meus segredos
Contava...falava. Ah! você me ouvia.



Ouvia sem nada dizer o seu parecer
De minha dores que a ti desabafava
Ao me ver crescer... tinha naquele
Momento, medo de te perder.



Boneca de Trapo! Viveu junto a mim uma vida
De emoções contida. Falei a você daquele primeiro
Amor e você nada falou mas sei que me compreendia
Tens alma... e vejo ainda que tens vida.



Em minhas lembranças...
És a minha história criança
Boneca de Trapo... Tens ainda
Em meu lado criança... Vida!

Ge Fazio



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