a cidade não dorme
no entanto, é preciso ninar o Poema
as pedras transpiram liberdade
os sonhos vagam na noite
poetas espalham-se feito
pólen no vento
e as luzes, nem sempre da ribalta,
madrugada afora chovem cascalhos
cheios de silêncios
o Poeta finge adormecer
cerrando as janelas de sua alma
que por dentro da retina faíscam vida
também silenciosas
no coração pulsante da Avenida
para que, enfim,
descansem as Rosas
Lúcia Gönczy
Nenhum comentário:
Postar um comentário