Timothy Tyler







O ALUNO


São meus todos os versos já cantados;
A flor, a rua, as músicas da infância,
O líquido momento e os azulados
Horizontes perdidos na distância.

Intacto me revejo nos mil lados
De um só poema. Nas lâminas da estância,
Circulam as memórias e a substância
De palavras, de gestos isolados.

São meus também, os líricos sapatos
De Rimbaud, e no fundo dos meus atos
Canta a doçura triste de Bandeira.

Drummond me empresta sempre o seu bigode,
Com Neruda, meu pobre verso explode
E as borboletas dançam na algibeira.


José Paulo Paes

2 comentários:

katerine disse...

Pinturas singelas e cheias de sentimentos. bjkas

Amor e Paz disse...

PINTURAS MARAVILHOSAS ,È UMA VIAGEM DENTRO DA ALMA ! PARABENS ... E A NOSSA FADINHA DO MAR ......ÈS SUAVE SEMPRE ! TE AMO! BJS ............