São meus todos os versos já cantados;
A flor, a rua, as músicas da infância,
O líquido momento e os azulados
Horizontes perdidos na distância.
Intacto me revejo nos mil lados
De um só poema. Nas lâminas da estância,
Circulam as memórias e a substância
De palavras, de gestos isolados.
São meus também, os líricos sapatos
De Rimbaud, e no fundo dos meus atos
Canta a doçura triste de Bandeira.
Drummond me empresta sempre o seu bigode,
Com Neruda, meu pobre verso explode
E as borboletas dançam na algibeira.
José Paulo Paes
2 comentários:
Pinturas singelas e cheias de sentimentos. bjkas
PINTURAS MARAVILHOSAS ,È UMA VIAGEM DENTRO DA ALMA ! PARABENS ... E A NOSSA FADINHA DO MAR ......ÈS SUAVE SEMPRE ! TE AMO! BJS ............
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