A mão que me sustenta e eu sustento
é mão capaz das vinte e cinco linhas
e do selado azul de um requerimento
ou doutras diligências comesinhas...
Habituada por secretarias,
esperta, decidiu de um grave acento,
a vírgulas guindou torpes cedilhas
e mastigou papel, seu alimento...
Contraiu calos, revoltou-se às vezes,
contra certos despachos, tão soezes
que até o dedo auricular se ria...
Com dois dedos de aumento se curvava
e logo, altiva, à esquerda se mostrava...
Agora?
Estão as duas na poesia...
Alexandre O'Neill
3 comentários:
Fantástico!
Sensibilidade Pura!
A todos os amigos que aqui passaram, o meu agradecimento e o meu desejo de tê-los sempre perto, deixando suas mensagens, para que a cada dia, este espaço fique mais belo e suave.
Com amor da Fada do Mar Suave.
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