Mark Spain
As mãos da mulher no rosto do homem, e depois nos ombros — as mãos do homem na cintura da mulher, e depois nas nádegas. Movimentos em que quase se detêm. Parecem parados no tempo por um momento. Mas depois há outros, os corpos abrem-se e fecham-se em espiral, nas várias maneiras de invocarem a morte, que não se faz esperar. Anda por aqui um simulacro de religiosidade, de coisa mística, de chamada de um deserto mais repousante que um oásis. Coisas afins. Mas sempre o regresso ao corpo. As pernas do homem concentradas no cristal fascinante entre elas, as da mulher, toda ela aberta, nos ombros do homem. Cintilam.
Casimiro de Brito
Mark Spain
Sempre fui interessado em arte, desde pequeno. Depois de passar pela escola de artes, decidi fazer impressos e abri um estúdio em Kent, onde passei muitos anos desenvolvendo minhas técnicas. Minha arte começou com o amor por paisagens. Entretanto, com o passar do tempo, senti necessidade de desenvolver outras formas do imaginário, do abstrato ao figurativo. Constantemente eu experimento temas e técnicas diferentes, que aplico a uma variedade de imagens. Embora isso seja novo para mim, gostei e decidi abraçar os novos desafios. Minhas colagens, montagens e pinturas tem recebido bom destaque em exibições.
Meu trabalho figurativo foi publicado por Washington Green, com quem tenho trabalhado em conjunto por vários anos. O trabalho é envolvente e me agrada o desafio de expandir ideias baseadas nas formas femininas. O movimento é chave em muitos dos meus trabalhos, assim como forma, textura e cor. Isso é algo em que sinto poder avançar, me aperfeiçoando. Espero que gostem de meu trabalho, tanto quanto eu gosto de produzi-lo.
Mark
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Um comentário:
parabéns pela escolha artística que é profundamente bela e a poética de Casimiro de Brito é dos deuses. Ave, Fada!!!
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