Leonid Afremov
Ah, Quanta melancolia!
AH, QUANTA melancolia!
Quanta, quanta solidão!
Aquela alma, que vazia,
Que sinto inútil e fria
Dentro do meu coração!
Que angústia desesperada!
Que mágoa que sabe a fim!
Se a nau foi abandonada,
E o cego caiu na estrada -
Deixai-os, que é tudo assim.
Sem sossego, sem sossego,
Nenhum momento de meu
Onde for que a alma emprego -
Na estrada morreu o cego
A nau desapareceu.
Fernando Pessoa
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2 comentários:
Lindos poemas!!!!! Uma seleção extraordinária, de rara beleza!!! parabéns!!! Os poemas de Fernando Pessoa são sempre encantadores e a mostra de Leonid Afremov é genial!!!!
Realmente um mar suave de Fada!!!
Andressa
Agradeço a visita dos amigos! Volte sempre! Abraços carinhosos!
Fada do Mar Suave
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