Sergio Niculitcheff



Sergio Niculitcheff



CARAVELAS

Florbela Espanca

Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.

Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!

Se eu sempre fui assim este Mar morto:
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram!

Caravelas doiradas a bailar...
Ai quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!
...

Um comentário:

Arlete Felfeli disse...

Linda Tela e Lindo o Poema!!!
A cada postagem um conhecimento a mais pra mim na Arte do Sergio e uma emoção a mais com os poemas!!!
Adorei o BLOG !!!
Beijo, beijo, beijo
Arlete