Asokan Nanniyode




Poema de Maiakovski




Fiz ranger as folhas de jornal abrindo-lhes

as pálpebras piscantes.

E logo, de cada fronteira distante,

subiu um cheiro de pólvora,

perseguindo-me até em casa.

Nestes últimos anos, nada de novo

há no rugir das tempestades.

Não estamos alegres, é certo,

mas também por que razão

haveríamos de ficar tristes?

O mar da história é agitado.

As ameaças e as guerras,

havemos de atravessá-las,

rompê-las ao meio, cortando-as

como uma quilha corta as ondas.



Vladimir Maiakovski



2 comentários:

Olga Sílvia Pereira disse...

Mais uma linda e agradável surpresa. Está maravilhoso o seu blog e nada como um feriadão para nele navegar. Será a mais linda viagem.

Abraços cordiais de Olga Sílvia

Gabriela Peres disse...

Pôxa, que coisa boa! não conhecia este artista Assokan e nunca iria conhecê-lo se não fosse através de seu blog. Muito bom esta arte e a poesia sem comentários. Amo Maiakovski.
Você é nota 1000. Excelência!!!