De Um e de Dois, de Todos
Sou o espectador o ator e o autor
Sou a mulher o marido e o filho
E o primeiro amor e o derradeiro amor
E o furtivo transeunte e o amor confundido
E de novo a mulher seu leito e seu vestido
E seus braços partilhados e o trabalho do homem
E seu prazer em flecha e a fêmea ondulação
Simples e dupla a carne nunca se exila
Pois onde começa um corpo ganho eu forma e
[consciência
E mesmo quando na morte um corpo se desfaz
Eu repouso em seu cadinho desposo o seu
[tormento
Sua infâmia me honra o coração e a vida.
Paul Eluard
Tradução de António Ramos Rosa
2 comentários:
Que lindo! Como é bom conhecer coisas novas. muito bom ver uma arte como esta. Mulheres sensuais, tristes, solitárias. Obrigado pelas novidades.
Maravilha de arte! Belo, belo e belo Paul Delvaux. Não me canso de olhar estas imagens e as poesias bonitas demais.
Parabéns!!!!!!!
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