Viagem
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga
3 comentários:
A artista que existe dentro de mim, desperta neste momento e agradece este blog.
Um surrealismo bárbaro de Santiago Ribeiro. Mais uma grandiosa arte que traz Miguel Torga para arrebatar a atimosfera.
Parabéns e parabéns!
Olga Sílvia
MARAVILHOSAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA ARTE DE SANTIAGO RIBEIRO. FENOMENAL!!!! Miguel Torga é muito bom e aqui só qualidade e sensibilidade.
Fantástico trabalho artístico. Parabéns!!!
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