pois que maio chegou,
Revesti-o de clâmides de cores!
Que eu, dar flor, já não dou.
Acordai desse azul, calado há tanto,
As infinitas naves!
Que eu, cantar, já não canto.
Regelaram meu ser neste arrepio...
Aquece tu, ó sol, jardins e prados!
Que eu, sou de mim o frio.
Vem, com tua paixão,
Prostrar a terra em cálido desmaio!
Que eu, ter Maio, já não.
Ter sol, não tenho; e amar...
Mas, se não amo,
Como é que, Maio em flor, te chamo tanto,
E não por mim assim te chamo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário