Farsantes
a ardência do real
em flocos prateados
obscura
em parte, enluarada
todavia, ainda
pulsante de ficção!
ah! a deliciosa delicadeza ficcional
o que é de facto?
o quê sou de facto?
vertigens de arrepios
farsantes
(uma chama bruxuleante
sempre ao relento)
sombras iluminadas
com vontades autônomas
sem nomes
somente, aparições
( eu abraço o acaso, será que ele me permite?)
Ana Paula Perissé
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