Réquiem por mim
Aproxima-se o fim.
E tenho pena de acabar assim,
Em vez de natureza consumada,
Ruína humana.
Inválido do corpo
E tolhido da alma.
Morto em todos os órgãos e sentidos.
Longo foi o caminho e desmedidos
Os sonhos que nele tive.
Mas ninguém vive
Contra as leis do destino.
E o destino não quis
Que eu me cumprisse como porfiei,
E caísse de pé, num desafio.
Rio feliz a ir de encontro ao mar
Desaguar,
E, em largo oceano, eternizar
O seu esplendor torrencial de rio.
Miguel Torga
Um comentário:
A Fada é uma rara amiga!...
Destas pessoas que iluminam e transformam o sentido da vida em instrumento de construção emancipatória do devir... Algo para além...
Com ela, venho compartilhando muitas dádivas, entre elas, grandes amizades recém-construídas neste espaço reservado para as sensibilidades inquietas, criativas, sensíveis e solidárias.
Sempre grata, AMIGA!
P.S.: Amei ser apresentada ao GRANDE artista, Santiago Ribeiro! Ele é MAGNÍFICO!...
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