Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
5 comentários:
Este post é demais. Grandes talentos.
Extraordinário! Mexe com todos os sentimentos. Estou emocionada.
Faço versos como quem chora...
Quanta emoção estou sentindo, mas paro neste post e choro. Matizes azuis em movimentos elegantes e sentidos, como se a fuga fosse a saída.Uma perfeição de arte e poesia digna de todos os méritos existentes. A poesia completa a arte e a arte fala com a poesia.
Parabéns por transmitir magistralmente o Belo existêncial para seus amigos visitantes.
Fada do Mar estou sempre encantada com seu talento para o Belo. Parabéns pelo dom de formatar artes e poesias que traz um encanto especial. Que ele nunca lhe falte ânimo para nos proporcionar poéticas como estas... Abraços fraterno
Surpreendente!
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