Brent Lynch
A mesma paisagem
escuta o canto e assiste
a morte das cigarras
escuta o canto e assiste
a morte das cigarras
Matsuo Bashô
Uma velha sem dentes
que rejuvenesce
cerejeira em flor
Matsuo Bashô
Quimonos secando
ao sol. Oh, aquela manguinha
da criança morta!
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
Anoitece no mar -
Os gritos dos patos selvagens,
Vagamente brancos.
Os gritos dos patos selvagens,
Vagamente brancos.
Matsuo Bashô
Cem anos de idade -
A paisagem das folhas
Caídas no jardim.
Matsuo Bashô
Se parados pelas nuvens
dois patos selvagens
Dizem-se adeus
Matsuo Bashô
dois patos selvagens
Dizem-se adeus
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
E tu, aranha
como cantarias
neste vento de outono?
Matsuo Bashô
como cantarias
neste vento de outono?
Matsuo Bashô
O grito do faisão -
Que saudade imensa
De meu pai e minha mãe.
Matsuo Bashô
Viagem de anciões,
Cabelos brancos, bastões
- visita aos túmulos.
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
Flores de cerejeira no céu escuro
e entre elas a melancolia
quase a florir
Matsuo Bashô
Extingue-se o dia
mas não o canto
da cotovia
Matsuo Bashô
Lua cheia:
para repousar os olhos
uma nuvem de tempos a tempos
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
Sensação de vazio
Ao despedir-me colhi
uma espiga de trigo
Ao despedir-me colhi
uma espiga de trigo
Matsuo Bashô
As cigarras cantam
sem saberem que é a morte
que as escuta
Matsuo Bashô
Acorda, acorda!
Vem ser minha amiga,
Borboleta que dorme!
Vem ser minha amiga,
Borboleta que dorme!
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
Flores queimadas pela geada
Os grãos caídos
semeiam a tristeza
Matsuo Bashô
Os grãos caídos
semeiam a tristeza
Matsuo Bashô
Silêncio:
as cigarras escutam
o canto entre as rochas
Matsuo Bashô
Depressa se vai a primavera
Choram os pássaros e há lágrimas
nos olhos dos peixes
as cigarras escutam
o canto entre as rochas
Matsuo Bashô
Depressa se vai a primavera
Choram os pássaros e há lágrimas
nos olhos dos peixes
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
Flores de cerejeira no céu escuro
e entre elas a melancolia
quase a florir
Matsuo Bashô
Extingue-se o dia
mas não o canto
da cotovia
Matsuo Bashô
Lua cheia:
para repousar os olhos
uma nuvem de tempos a tempos
Matsuo Bashô
e entre elas a melancolia
quase a florir
Matsuo Bashô
Extingue-se o dia
mas não o canto
da cotovia
Matsuo Bashô
Lua cheia:
para repousar os olhos
uma nuvem de tempos a tempos
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
Não esqueças nunca
o gosto solitário
do orvalho
Matsuo Bashô
De que árvore em flor
não sei —
Mas que perfume
Matsuo Bashô
A cada sopro do vento
muda de folha
a borboleta no salgueiro
Matsuo Bashô
o gosto solitário
do orvalho
Matsuo Bashô
De que árvore em flor
não sei —
Mas que perfume
Matsuo Bashô
A cada sopro do vento
muda de folha
a borboleta no salgueiro
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
De que árvore florida
chega? Não sei.
Mas é seu perfume...
chega? Não sei.
Mas é seu perfume...
Matsuo Bashô
Ainda que morrendo
o canto das cigarras
nada revela!
Matsuo Bashô
Já é primavera:
Uma colina sem nome
Sob a névoa da manhã.
Uma colina sem nome
Sob a névoa da manhã.
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Brent Lynch
Brent Lynch
A criação de imagens sempre foi parte da vida de Brent Lynch. Enquanto crescia, sua natural criatividade e gosto pelo aprendizado o levavam a viajar pelo mundo, onde testemunhou a vitalidade da arte na sociedade fazendo com que seu compromisso com as artes só crescesse. Estudou no Langara College, na Vancouver School of Art and Design (hoje ECIAD) e, na Inglaterra, no St. Martin’s School of Fine Art e no Falmouth Institute of Fine Arts, onde aprendeu pintura, artes gráficas e desenhos realistas. Lynch produziu grande quantidade de trabalho, de livros ilustrados e capas de discos a posters de eventos e logotipos. Sua carreira de vinte e cinco anos foi reconhecida com diversas premiações de prestígio.
Matsuo Bashô nasceu em 1644 e foi registrado com o nome de Kinkasu. Morreu em 1694, portanto morreu na plenitude de seus 50 anos. Foi o poeta mais famoso do período Edo no Japão. Durante sua vida, Bashô foi reconhecido por seus trabalhos colaborando com a forma haikai no renga. Atualmente, após séculos de comentários, é reconhecido como um mestre da sucinta e clara forma haikai. Sua poesia é reconhecida internacionalmente, e dentro do Japão muitos dos seus poemas são reproduzidos em monumentos e locais tradicionais. Foi ele quem codificou e estabeleceu os cânones do tradicional haikai japonês.
Bashô foi introduzido à poesia em tenra idade e, depois de integrar-se na cena intelectual de Edo, rapidamente se tornou conhecido em todo o Japão. Ganhava a vida como professor, mas renunciou à vida urbana e social dos círculos literários e ficou inclinado a vagar por todo o país, rumo ao oeste, leste e distante ao deserto do norte para ganhar inspiração para seus escritos e haiku. Seus poemas são influenciados por sua experiência direta do mundo ao seu redor, muitas vezes englobando o sentimento de uma cena em alguns poucos elementos simples.
Bashô foi introduzido à poesia em tenra idade e, depois de integrar-se na cena intelectual de Edo, rapidamente se tornou conhecido em todo o Japão. Ganhava a vida como professor, mas renunciou à vida urbana e social dos círculos literários e ficou inclinado a vagar por todo o país, rumo ao oeste, leste e distante ao deserto do norte para ganhar inspiração para seus escritos e haiku. Seus poemas são influenciados por sua experiência direta do mundo ao seu redor, muitas vezes englobando o sentimento de uma cena em alguns poucos elementos simples.
Bashô é uma árvore semelhante à bananeira e foi daí que o poeta adotou o seu "haigo" (pseudônimo poético).
Matsuo Bashô
Matsuo Bashô
«As folhas da bananeira são suficientemente amplas para ocultarem uma paixão. Quando expostas às intempéries recordam-me ora a cauda ferida de uma fênix ora um leque verde rasgado pelo vento. A bananeira floresce. Todavia as suas flores nada têm de atraente. O mesmo acontece com o tronco enorme. Talvez por isso a bananeira acabou por conquistar o meu coração. Sento-me debaixo dela enquanto o vento e a chuva a fustigam.» Matsuo Bashô, O gosto solitário do orvalho, Assírio & Alvim, Lisboa, 2003, p. 15
Matsuo Bashô
Marcadores:
Matsuo Bashô
Assinar:
Postagens (Atom)