Orlando Hernández Yanes
Pintor, artista gráfico, ilustrador, jornalista e professor, Orlando Hernandez nasceu em 1926, em Cardenas (Matanzas, Cuba). Começou nas artes visuais aos doze anos e, em 1952, formou-se na Academia de Belas Artes San Alejandro. A biografia do artista é cheia de eventos e realizações brilhantes. Sua primeira exposição individual ocorreu em Havana, em 1948, no Liceu Lawn Tennis Club. Ganhou o primeiro prêmio em pintura no Salão Nacional de Pinturas, Aquarelas e Gravuras de Havana, em 1949. Trabalhou como desenhista em vários jornais e revistas, como El País, El Excelsior, El Crisol e Bohemia, entre outros, ganhando o Prêmio Nacional de Jornalismo João Gualberto Gomez (1952).
Em 1954, Orlando Hernandez foi para a Europa, viajando durante sete anos. Participou de vários salões e exposições em todo o mundo, tornando-se membro da Associação Nacional de Escritores e Artistas de Cuba e da Associação Internacional de Mestres de Belas Artes.
Há trabalhos seus na galeria Tretyakov, em Moscou, na sede da UNESCO, em Paris, na National Gallery e na sede da ONU, em Nova York, e no Museu Nacional de Belas Artes de Havana, na coleção do Fundo Cubano de Patrimônio Cultural.
A ESTRELA
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
Manuel Bandeira
Este notável poeta do modernismo brasileiro nasceu em Recife, Pernambuco, no ano de 1886. Teve seu talento evidenciado desde cedo quando já se destacava nos estudos.
Durante o período em que cursava a Faculdade Politécnica em São Paulo, Bandeira precisou deixar os estudos para ir à Suíça na busca de tratamento para sua tuberculose. Após sua recuperação, ele retornou ao Brasil e publicou seu primeiro livro de versos, Cinza das Horas, no ano de 1917; porém, devido à influência simbolista, esta obra não teve grande destaque.
Dois anos mais tarde este talentoso escritor agradou muito ao escrever Carnaval, onde já mostrava suas tendências modernistas. Posteriormente, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, descartando de vez o lirismo bem comportado. Passou a abordar temas com mais encanto, sendo que muitos deles tinham foco nas recordações de infância.
Além de poeta, Manuel Bandeira exerceu também outras atividades: jornalista, redator de crônicas, tradutor, integrante da Academia Brasileira de Letras e também professor de História da Literatura no Colégio Pedro II e de Literatura Hispano-Americana na faculdade do Brasil, Rio de Janeiro.
Este, que foi um dos nomes mais importantes do modernismo no Brasil, faleceu no ano 1968.