Bruno Di Maio




Faíscas





"São de palavras marteladas
sob pedra
que construo meu escrever.


A dureza e o inverso
seduzem-me em sua estranheza
(sobram faíscas...)
e junto à névoa de sombras
encontro meu não-lugar
na vida
na escrita."







Ana Paula Perissé





Ana Paula Perissé




Sou qualquer coisa que vive na vertigem de ser, que sonha e que se perde,

que se reencontra na pulsão vívida do Outro ou que foge do local onde

está para voltar e escapar virada e remexida em minhas entranhas...
Sou apenas uma viajante, aprendiz do tudo e do nada,
Quem sou eu???? Nunca saberei, posto que não sonho com certezas...
Ah! Definições! Ah! Clarice!
Tenho 38 anos, casada com um filho muito amado, sou cidadã carioca

e luto muito para continuar sendo, Publicitária formada pela PUC-RJ

onde ganhei uma bolsa de estudos para estudar Fine Arts and Sciences

na University of Illinois at Urbana- Champaign, EUA; tenho MBA

Master em Marketing pela PUC-RJ; sou mestre em Psicologia Social

pela UERJ e doutoranda também em Psicologia Social na UERJ.
Meus trabalhos publicados estão concentrados na área científica,

porém estou participando pela primeira, como poeta, da Antologia Dellicatta III

a ser lançada na Bienal do Livro, SP, em agosto deste ano.
Gostaria de paralelo ao trabalho acadêmico, continuar meu ofício de poeta e

de escrevinhadora [ para escritora, estou muito longe..., tanto a aprender!]

porque todos os leitores merecem minha honrosa reverência.



anapperisse@yahoo.com



Bruno Di Maio

Bruno Di Maio nasceu em Trípoli, na Líbia, filho de italianos. Há alguns anos que trabalha na Toscana, em Itália. Dedicou-se durante muito tempo ao restauro, adquirindo uma habilidade e técnica prodigiosas. Pintor, gravador e aquarelista reconhecido em todo o mundo, tendo as suas obras representadas em vários museus e coleções particulares italianas, bem como em Los Angeles, São Francisco, Nova Iorque, Tóquio e Madrid.

Website de Bruno Di Maio

http://www.brunodimaio.it/Default.aspx

info@brunodimaio.it











Nua em Devaneios




Pedaços de mim
se desfazem aos poucos,
no éter efêmero da solidão humana,
por demais humana.
Despida, sôfrega,
Sem lutas a disputar,
Entregue em estranha batalha.
Medo do frio que toca à pele
Medo da carícia da brisa morna,
escaldante,
luz bruxuleante
que me leva ao longe,
em penumbra,
em aridez corrosiva.
Tento,
Tento até o fim
Agarrar-me às vestes que jazem
já sem dona e sem destino.




Ana Paula Perissé