Sergio Lucena



Contemplação...



Gosto de olhar à volta

e ver o dia acontecendo,

sincronizado ou não,

Amanhecendo...

A sós comigo, ando,

levito em calma,

observo o mundo,

convoco minh´alma.


Cada destino se cumpre,

anda gente, anda o carro,

pro trabalho homens correm,

crianças que ainda dormem,

brincam o cão e o gato,

e atravessam a rua

quase nua...


Árvores, flores

de olhos abertos buscam o céu.

Preguiça gostosa, se abraçam

plantadas, bailando ao léu...

Como eu, vêm o dia clareando

acontecer...quase sem perceber.

Aguardam o sol

se põem a lua, as estrelas,

o anoitecer...


Meus olhos parados,

atentos a cada piscada.

Suspenso, suspiro,

sou feliz

por isso...



Gaiô...


Sou Cida Gaiofatto (Gaiô), de Ribeirão Preto, S Paulo.

Como Arte-educadora,a expressão sempre foi fundamental

para mim.Além de desenhar, pintar, modelar, escrever

sempre fez parte de minhas preferências, complementando

meu mundo de expressão. Sou grande observadora em busca

de auto conhecimento e como tal faço constante leitura do

mundo em todas suas peculiaridades, privilegiando a percepção,

a sensibilidade, o espírito crítico, sendo o Ser Humano

minha busca constante no seu modo de se relacionar

com a existência...Tenho escrito textos e feito poemas com mais

constância o que me leva a procurar este espaço para expô-los,

partilhando com o outro, trocando experiências,

nos enriquecendo mutuamente...

http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=52118


Sergio Lucena







Vida Una.



Foca o olhar.

Ela, a menina dos olhos,

Brilha em luz consciente.

Emerge criatura,

indelével, pura,

envolta em sagrada energia.

Arrepia!

Voltagem se eleva,

e a forma-matéria,

visível no invisível,

o divino expressa.

Se unifica.

Com ela o Belo,

nutre em recarga

que doa, refaz

em fluxo imerso,

presente de si,

do outro no todo

precioso verso,

Universo...

Reverso

Multiverso...



Gaiô.


Sergio Lucena

Sergio Lucena, paraibano de 46 anos, é hoje um artista consagrado. Jacob Klintowitz que o diga. Tendo na inquietude e na busca constante por novos universos e significados uma marca registrada, deixou rastros em fases como o plano americano, o teatro de bonecos, circo, teatro e vários ícones da arte nordestina, sempre com figuras caricaturais, em uma obra que valoriza tonalidades intensas e figuras humanas distorcidas, beirando o surrealismo. São chocantes seus registros de figuras demoníacas, apresentadas em mínimos detalhes. Em determinado momento, substitui o contorno de formas pelas linhas por uma delimitação por meio da luz, mostrando uma criação estética bem mais elaborada, uma evolução no domínio da técnica. Outra característica inovadora é a parceria em um jogo de pinturas a quatro mãos, em obras divididas com Flavio Tavares, que acabaram por gerar uma obra híbrida. De certa maneira, foi a partir daí que o trabalho de Lucena ganhou novas características, como o uso maior das sombras e das figuras grotescas, resultado provavelmente da mencionada preocupação de trabalhar cada vez melhor intensidades e nuances de luz.

"...Não considero mais a felicidade inatingível, como eu acreditava tempos atrás. Agora sei que pode acontecer a qualquer momento, mas nunca se deve procurá-la.... Agora o que procuro é a paz, o prazer do pensamento e da amizade. E, ainda que pareça demasiado ambicioso, a sensação de amar e ser amado."



Sergio Lucena



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Fone: 11 3083 1785 Cel: 11 7249 9191

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Viés do olhar poético.



Entretem a razão

dando ao foco dispersão...

Veste-a de cores,

flores,

jasmins, odores,

intuires

em arco-íris de dores

disfarçadas em luares,

paisagens lidas,

sentidas,

desfolhadas em olhares,

amores.

E o coração,

sobreposto

à razão,

sucumbe

à luz,

refrata,

reluz...


Gaiô