Brungilda




Jornal de Poesia - Ricardo Rei

Cada dia sem gozo não foi teu


Cada dia sem gozo não foi teu
Foi só durares nele.
Quanto vivas

Sem que o gozes, não vives.

Não pesa que amas, bebas ou sorrias:

Basta o reflexo do solido na água

De um charco, se te é grato.
Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas

Seu prazer posto, nenhum dia nega

A natural ventura!

Ricardo Reis



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