Gustav Klimt



Quando

Desfaço lençóis
na ânsia do começo
(sem fim)
ciclo que se refaz
em microscosmos
ecoando
( nossas células embriagadas)
feito esmeraldas
reluzentes
acima

Ardo
in-consciente
de tanto...
em lumiar presente
pulsação diferente
atrevimentos só nossos...
singular

E quando a porta se bate
com força
escancaram-se fechaduras
outrora de outros
mundos
em desalinho
harmônicos
de nosso encontro
i-real com a vida

aceno em descompasso
eterno retorno
do novo
que fazemos
a cada encontro
valer cada suspiro
vigíliaamorosa
(ah! nosso tempo, só nosso...)
ensandecida
de poros


Ana Paula Perissé*

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