Se tu és a égua de âmbar
eu sou o caminho de sangue
Se tu és o primeiro nevão
eu sou quem acende a fogueira da madrugada
Se tu és a torre da noite
eu sou o cravo ardendo em tua fronte
Se tu és a maré matutina
eu sou o grito do primeiro pássaro
Se tu és a cesta de laranjas
eu sou o punhal de sol
Se tu és o altar de pedra
eu sou a mão sacrílega
Se tu és a terra deitada
eu sou a cana verde
Se tu és o salto do vento
eu sou o fogo oculto
Se tu és a boca da água
eu sou a boca do musgo
Se tu és o bosque das nuvens
eu sou o machado que as corta
Se tu és a cidade profunda
eu sou a chuva da consagração
Se tu és a montanha amarela
eu sou os braços vermelhos do líquen
Se tu és o sol que se levanta
eu sou o caminho de sangue
Octavio Paz, in "Salamandra"
Tradução de Luis Pignatelli
2 comentários:
SEM COMENTARIOS . ESSE POEMA È DE UM LIRISMO .....ME LEVOU A UMA VIAGEM KINDISSIMA ....CONSTRUÇÃO DE FRASES PRECIOSAS . PORABENS AO POETA ..... "PARABENS" A FADINHA QUE SEMPRE NOS PROPORCIONA RIQUEZA PROFUNDAS .MUITO BEM ESCOLHIDO .ESTOU EM ESTADO DE GRATA COMO QUE LI AQUI .BJS SEMPRE ......M*
Edgar Mendonza Mancillas agradeço a autorização para postar sua arte no Blog. A galeria brilhou com suas telas e ficamos sensibilizados com a força de sua arte. Você é um artista amado por todos e a união de suas telas com a poesia de Octavio Paz ficou divina.
Amigos que vieram prestigiar esta página e aqui deixou seu depoimento agradeço de coração e voltem que sempre terá uma boa surpresa.
Abraços da Fada do Mar Suave.
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