Jean-Claude Desplanques






POEMA ESSENCIALISTA


A madrugada de amor do primeiro homem
O retrato da minha mãe com um ano de idade
O filme descritivo do meu nascimento
A tarde da morte da última mulher
O desabamento das montanhas, o estancar dos rios
O descerrar das cortinas da eternidade
O encontro com Eva penteando os cabelos
O aperto de mão aos meus ascendentes
O fim da idéia de propriedade, carne, tempo
E a permanência no absoluto e no imutável.


Murilo Mendes


Um comentário:

Potiguara Jardim da Costa disse...

Sonhos, sonhos e sonhos que se desdobram em realidades, que dão a nós momentos de eterno prazer. Passar por aqui é ter um banho de magia, fantasias e êxtase. Tomar contato com estes artistas é uma verdadeira benção. Isto aqui é um santuário sagrado.
Diariamente venho me encher de preces neste espaço.