Jia Lu







Soneto de amor


Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.

Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.

E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.

Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!


José Régio

Um comentário:

Adriana Corrêa disse...

Deslumbrante esse espaço cultural! Obrigada pela atualização que recebo por e-mail. Ter acesso a este blogger é adentrar um mundo de sutileza, riqueza, sofisticação, sensibilidade, poesia, encanto, magia, etc...Conhecer a arte de Jia Lu não tem preço é fenomenal e ler José Régio é conhecer a verdadeira poesia. Muita luz sempre! Parabéns com muita admiração.