Margarida Cepêda






Minha Prata



Aonde foi a minha prata. Aquele pingente que me mata. Acidifica e não passa.
Aonde foi o que é meu, estimado e presente, escolhido e pendente?
Aonde? Donde estará, neste instante? Jogado em vaso velho? Pendurado em solo estéril?

Aonde puseram? Jogaram fora? Lançaram pela janela? Desfizeram-se!!!
Que judiação, que malsinação. Não era para perder, não era. 'Baita' confusão.
Profusão de líquidos, de pernas, em doideiras de longa espera, ficou...
Em coração que bate forte, em beijos molhados, mortificados, arrancados... arranhados.

Em que lugar, onde estará? O que não se joga, não se pode perder.
Quem mo trará ao meu lugar? Qual bruxo nocturno o encontrará e, magicamente, recomporá entre as têmporas avermelhadas?

Tine a prata, esquenta o lóbulo, fermenta a espera.......... aumenta a quimera.
Sonha e sonha............(prateada a lua está. Sua prata voltará! )
É noite de amor, de amor, amor maior...................... prata da casa!
Invade e late, não é lata, é prata amor, é dia de Maria!Venha!!





Kátia Torres Negrisoli





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