Bruno Di Maio









Desrealizada


é por certo demais o incerto
que me inspira ao sofrimento
(um gozo de desilusão necessária?)
espraiar-se sem corpo
ou sem viço
por território alheio
desconhecido que se faz
até então



é falta de não
em excesso
escondido em frestas traiçoeiras
que há de se esgueirar
um dia
derramando o sangue
da intensidade vã
na alma de crédulos
ou ingênuos esmaecidos
desrealizados de paixão.




Ana Paula Perissé*


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