Steve Hanks












Uma parte de mim chora e sofre, a outra se cala, finge que nada sente. Metade de mim é desejo e paixão. A outra vazia, sem alma e coração.



Em minhas noites de insônia, peço ao Mestre que de mim se compadeça, para que eu te esqueça.



Mesmo te querendo como te quero, não violarei meus direitos, aos meus prazeres defenderei.



Não desisto da vida, o que passou não volta mais. Não vou deixar meu coração sofrer.




Os pensamentos vão iludindo os que sofrem e os mantém sonhando em fantasias.



Meus segredos quero que descubra, entre os poemas que escrevo.



Com audácia te falo, depois eu me calo. Não posso te amar.



Risco seu nome no céu suavemente com asas de alegria.



A solidão sopra saudade nas asas da escuridão.




Graciela da Cunha

Todos os direitos reservados



2 comentários:

Roberta disse...

Parabéns,Graciela!Lindas poesias!
Fada do Mar,obrigada sempre por compartilhar
tanta beleza em seu blog!
Bjs

Eli Coeli disse...

Estimada Fada, que imagens bonitas e sensuais. Parabéns ao S. Hanks. Como se fossem clareiras. E o poema é pungente, algo desilusão. Obrigado pelo envio. Estou assim sem tempo, no meio de uma mudança, para um bloco vizinho, mas que significa perder um monte de coisas por um bom tempo, dentro de caixas indevassáveis. Tento separar o mais importante no momento para não ficar muito perdido. Vamos nos falando...

abraços,
Elí Coeli

e tome lá um antigo poema de meu:

*
Palavra, amiga,
De que não vim te buscar.
Neste vasto itinerário
Não há como te levar,
Amiga.

Fica de aviso que vereda
– Se pensares de trilhar –
Pode ser caminho vário
Do amor e de amar.
A lugar algum se chega,
Enquanto não se chegar.

Com pajem, viola e nuvem,
Palavra amiga,
O que importa é andar.
Modinhas de enfeite e feitiço
Nem muito importa a cantiga,
Amiga. Palavra.
De amor e de amar,
Palavra te matará.