Olga Oreshnikov

 

  

  

 

 


Demora cinza


Demorei três horas para beijar os lábios dela
Faltou-me tempo para contar os fios do belo cabelo
Como faltou tempo resolvi penteá-los
Pensei nas montanhas de Minas
Nos cabelos de cachoeira
Comecei a contar os poros dos seus seios
Verificar as curvas que esconde
A grande anca que sustenta
O sorriso aberto e largo que me oferece
E implorei para dormir em sua nuca
Ali encontrei a gruta em paz
Fiquei quietinho esperando o tempo macabro passar
Até que pensei em dormir para sempre
Acordei morrendo na manhã cinza do inverno que se aproxima
O tempo, meu maior inimigo, passou
Ela novamente beijou minha testa triste
Fechou a porta, tapou a nuca
E tive que enfrentar a humanidade,
a finitude e a podridão que é este mundo dos bípedes humanos


Lúcio Alves de Barros


4 comentários:

Amor em Vermelho disse...

Lúcio Alves
Prezada Fada,

Ela quer me matar...

Você ainda me mata,
seja do coração
seja de paixão

Quando vi o seu trabalho me emocionei
Logo, tudo li e copiei
e novamente lhe amei

Não tenho como sempre lhe agradecer
Mas nada como ver sua página ao anoitecer
e ficar mais vivo no amanhecer

Talvez estaje exagerando
Não sou um poeta como o mundo anda esperando
Vou escrevendo e penso estar tombando

De qualquer maneira, sem eira e sem beira
Agradeço novamente o carinho de um coração que mais parece uma lareira
pois fico feliz, pelo menos em saber, que em você encontrei uma eterna companheira.

Abraços e PAZ

Lúcio

Alminha Iluminada disse...

Demora cinza


Demorei três horas para beijar os lábios dela
Faltou-me tempo para contar os fios do belo cabelo
Como faltou tempo resolvi penteá-los
Pensei nas montanhas de Minas
Nos cabelos de cachoeira
Comecei a contar os poros dos seus seios
Verificar as curvas que esconde
A grande anca que sustenta
O sorriso aberto e largo que me oferece
E implorei para dormir em sua nuca
Ali encontrei a gruta em paz
Fiquei quietinho esperando o tempo macabro passar
Até que pensei em dormir para sempre
Acordei morrendo na manhã cinza do inverno que se aproxima
O tempo, meu maior inimigo, passou
Ela novamente beijou minha testa triste
Fechou a porta, tapou a nuca
E tive que enfrentar a humanidade,
a finitude e a podridão que é este mundo dos bípedes humanos


Lúcio Alves de Barros

Maravilhoso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Miriam Bernardo Ferreira disse...

Um blog exuberante de grande sensibilidade e com marca pessoal forte e única. Exuberância plástica, poética, musical. Muito inspirador estar aqui.

Fada do Mar Suave disse...

Lúcio

Estou exercitando a vida para encarar mudanças. Quando gosto de uma página, é sempre triste fechá-la, mesmo sabendo que logo faremos uma nova. Suas poesias sempre emocionando a todos que a lêem e a sentem. Você é sempre um sucesso e traz luz para nosso Blog.
Muitas pessoas entraram no Portal do Luis Nassif e comentaram comigo que gostaram muito, pena que não deixam o registro, por não sentirem à vontade de escrever.
Estou aguardando aquelas apimentadas, para o Amor em Vermelho, que serão lindas e emocionantes como tudo que você escreve.
Agradeço sempre a parceria, gentileza e a sua amizade que prezo muito.
Beijos da Fada do Mar Suave

Olga Oreshnikov, sua arte é belíssima e agradou todos que passaram aqui. Conhecer sua arte deixou meu coração feliz e cheio de emoção. Agradeço por ter tido a sorte de postá-la neste blog.

Aos amigos que aqui passaram e deixaram seus registros os meus mais sinceros agradecimentos, pois tudo é feito com carinho, pensando em vocês. Voltem sempre!