Evelyn De Morgan



Evelyn De Morgan (1855-1919)

De Morgan começou suas aulas de arte aos 15 anos e, em seguida, ganhou como prêmio os estudos em South Kensington e Slade. Sua primeira exposição foi em 1876 na Dudley Gallery, seguida por uma apresentação na Grosvenor Gallery, onde passaria a exibir seus trabalhos regularmente. Em 1887 casou-se com William De Morgan, ceramista e parceiro de William Morris, com quem dividia profundo interesse pelo espiritualismo. Seus temas favoritos incluíam figuras sacras e alegóricas, além de cenas e lendas com mensagem moral ou social. Juntos, vislumbraram uma técnica de pintura com o uso de glicerina que, embora difícil de adquirir, produzia os tons claros e brilhantes que buscava. Em 1916, o horror que tinha pela guerra a levou a montar uma exposição de 13 trabalhos em benefício da Cruz Vermelha.










NÃO SEI... 

Não sei... se a vida é curta...

Não sei...
Não sei...

se a vida é curta
ou longa demais para nós.

Mas sei que nada do que vivemos
tem sentido,
se não tocarmos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silêncio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que sacia,
amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo:
é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela
não seja nem curta,
nem longa demais,
mas que seja intensa,
verdadeira e pura...
enquanto durar.
Cora Coralina


Cora Coralina
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas (Goiás GO 1889 - Goiânia GO 1985). Fez apenas os estudos primários, com a professora Silvina Ermelinda Xavier de Brito (Mestra Silvina), por volta de 1899 e 1901. Em 1910 teve seu conto Tragédia na Roça publicado no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás, do professor Francisco Ferreira dos Santos Azevedo. Mudou-se para o interior de São Paulo em 1911. Na década de 30, tornou-se colaboradora do jornal O Estado de São Paulo; foi vendedora da Livraria José Olympio, em São Paulo, e proprietária do estabelecimento Casa dos Retalhos, em Penápolis SP. Voltou para Goiás em 1956, onde exerceu por mais de vinte anos a profissão de doceira. Seu primeiro livro de poesia, Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, saiu em 1965. Seguiram-se Meu Livro de Cordel, publicada em 1976, numa edição restrita em Goiás, por P. D. Araújo, e Vintém de Cobre (1983). Em 1984 recebeu o Grande Prêmio da Crítica/Literatura, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, e o Troféu Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores.






3 comentários:

Alminha Iluminada disse...

Parabéns por nos brindar com a arte tocante de Evelyn De Morgan e as maravilhosas poesias de Cora Coralina. A música é divina.

Grandes Mulheres!

Paula Cerato Russo disse...

Linda obra de arte e linda poesia de Cora Coralina e não há palavras para descrever-lhe o prazer que estou tendo com esta ilustre poeta que toca profundamente meu coração. Parabéns. Lindo e inteligente...

Nenê Duarte disse...

Parabéns Fada do Mar pela beleza deste espaço cultural . a poética de Cora Coralina, realista, feminina, melódica e muito criativa causa emoção em nós. É um estímulo a mulheres do Brasil .
Através dela podemos Sentir-nos homenageadas. Muito boa mostra de artes que é de uma qualidade superior. Agradeço a grandeza de alma por trabalhar com empenho na propagação do amor.