Édouard Manet







morte – sussurra de leve
– não sou ninguém –
nem sei quem sou
(pois os mortos não
sabem que estão
mortos –, nem mesmo que morrem
– para crianças
pelo menos
– ou
heróis – mortes
repentinas)
pois de outro modo
minha beleza é
feita de últimos 
momentos –
lucidez, beleza
rosto – do que teria sido
eu, sem mim mesmo


Stéphane Mallarmé
(Trad. André Dick)


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