Fidel Garcia


Fidel Garcia

“A arte expressa o espírito de humanidade em nossa jornada comum através dos tempos.”

A arte do mexicano Fidel Garcia mistura realismo figurativo e expressionismo abstrato.  Suas pinturas levam o expectador a experimentar a confluência entre nosso eu espiritual e o eu corpóreo, a coincidência de realidade e fantasia, e a existência simultânea do físico e do metafísico. Mais do que simplesmente buscar o conhecimento dessas forças diametralmente opostas, as pinturas de Garcia nos auxiliam a encontrar a harmonia e equilíbrio entre elas. Cada imagem que emerge de uma série de quadros explora um inesperado mundo interno e externo de imaginação humana.
Garcia explora visualmente ilusão e realidade, a dicotomia da vida e além, em sua mais recente coleção em branco e preto.  Nessa série, Garcia explora a variedade do drama entre vida e pós-vida, cada imagem tomando um rumo inesperado na realidade e, então, em um estado de surrealismo. Como ocorre com muitos dos grandes mestres, a visão única de Garcia é uma expressão de sua própria jornada espiritual.








Auto-retrato 


O'Neill (Alexandre), moreno português, 
cabelo asa de corvo; da angústia da cara, 
nariguete que sobrepuja de través 
a ferida desdenhosa e não cicatrizada. 
Se a visagem de tal sujeito é o que vês 
(omita-se o olho triste e a testa iluminada) 
o retrato moral também tem os seus quês 
(aqui, uma pequena frase censurada...) 
No amor? No amor crê (ou não fosse ele O'Neill!) 
e tem a veleidade de o saber fazer 
(pois amor não há feito) das maneiras mil 
que são a semovente estátua do prazer. 
Mas sobre a ternura, bebe de mais e ri-se 
do que neste soneto sobre si mesmo disse...



Alexandre O'Neill

Alexandre O’Neill


Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill (Lisboa, 19 de Dezembro de 1924 - Lisboa, 21 de Agosto de 1986), ou simplesmente Alexandre O'Neill, descendente de irlandeses, foi um importante poeta do movimento surrealista.
Autodidacta, O’Neill foi um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa. É nesta corrente que publica a sua primeira obra, o volume de colagens A Ampola Miraculosa, mas o grupo rapidamente se desdobra e acaba. As influências surrealistas permanecem visíveis nas obras dele, que além dos livros de poesia incluem prosa, discos de poesia, traduções e antologias.


2 comentários:

Lilás disse...

Adorei Fidel Garcia e Alexandre O`Neill! Talentos sofisticados e dignos de uma Fada do Mar.
Parabéns!

Osvaldo Heinze disse...

Existem alguns descrentes que acreditam que neste terreno material só existam pobres mortais, mas, Santo Deus! Veja só esses dois exemplos de grandeza de imortalidade na mais pura demonstração de arte sublimada: Fidel Garcia e Alexandre O`Neill. Mágicos e eternos!
Parabéns!