Robert Liberace






Corpo

corpo
que te seja leve o peso das estrelas
e de tua boca irrompa a inocência nua
dum lírio cujo caule se estende e
ramifica para lá dos alicerces da casa

abre a janela debruça-te
deixa que o mar inunde os órgãos do corpo
espalha lume na ponta dos dedos e toca
ao de leve aquilo que deve ser preservado

mas olho para as mãos e leio
o que o vento norte escreveu sobre as dunas

levanto-me do fundo de ti humilde lama
e num soluço da respiração sei que estou vivo
sou o centro sísmico do mundo

Al Berto


3 comentários:

Murilo Anderson disse...

Neste espaço de rara beleza e encantamento que promove a beleza é um bálsamo para nossas almas e ficamos cheios do mais puro amor.
Abraços do Murilo

Anônimo disse...

Uma viagem pelo mundo das artes!!!

Anônimo disse...

adorei, viajei. nos corpos detalhes dos pincéis que enxergam além. bjussssss