Vladimir Volegov







Tela inanimada

Sonhei com uma tela
Branca e inodor
Lentamente surgiu uma flor bela
E um jardim apareceu em esplendor

As rosas derretiam
Cada uma delas chorava
Nas gotas rostos refletiam
Perfume sem igual o semblante exalava

Procurei-me nas gotas sem parar
Perdi-me ao encontrar o rosto de meu amado
Que amargo, tornou-se soprano a gritar
Que nunca mais haveria lugar para mim em seu torso suado

Permaneci imóvel e coloquei-me a lembrar
De viagens, paisagens e flores sem lugar
Encontrei-me na tela que eu mesma pintei
Chorei, sofri, mas por fim resignei


Sarah Aline

Um comentário:

Fada do Mar Suave disse...

Queridos amigos, por um erro operacional 100 mensagens foram apagadas e não consegui resgatá-las o que deixou-me triste. Peço que desculpem o transtorno e agradeço a participação! Voltem sempre que é uma alegria! Beijosssss