Bruno Di Maio









Doce Busca, Meu Poeta




Eu me permaneceria na eternidade,

morta e imóvel,

apenas para te contemplar,

sentir o suave franzir de tua testa.


Tuas palavras temperadas por uma estranha e vívida ironia

amendoada

passeiam por meus desejos mais recônditos.

(ah! por que não descobrí-los?)



Minha súplica, todavia, não te encontra ecos.

Ressoa em vazios.

Ficaria rica em plenitude se te pudesse ter,

perder-me no longo caminho desconhecido

da tua pele,

do teu corpo,

que de tão longe,

faz-me tremer pelo (des)prazer de nunca poder

senti-lo.

Não, não quero ter-me destinado ao interdito de não

poder, ao menos, sonhá-lo!




Ana Paula Perissé



2 comentários:

Cristina Helena Souza disse...

Linda poesia, Ana Paula! A arte é fantástica e parabéns pela força do blog.

Arlete Felfeli disse...

Minha querida FADA! Que maravilha entrar aqui e me deparar com Ana Paula Perissé! E mais... acompanhada de uma Artista Plástico igualmente maravilhoso. É emocionante, ir descendo e, entre olhar as Obras, se emocionar mais ainda com cada verso da Ana.
Ana Paula Perissé é GRANDE Poetisa! Adoro ler suas poesias, me emociono muito mesmo. PArabéns a vocÊ, FADA querida , pelo lindo Trabalho que realiza! Seu BLOG é algo RARO !!! Muito Especial!!! PARABÉNS!!!! Muitos Beijos! Arlete Felfeli