Giorgio De Chirico





Solidão



Solidão, que poeira leve
Solidão, olha a casa é sua
Na vida, quem perde o telhado
Em troca recebe as estrelas
Pra rimar até se afogar
E de soluço em soluço esperar
O sol que sobe na cama
E acende o lençol
Só lhe chamando
Solicitando
Solidão, que poeira leve
Solidão, olha a casa é sua
O telefone chamou
Foi engano
Solidão, que poeira leve
Solidão, olha a casa é sua
E no meu descompasso o riso dela
Se ela nascesse rainha
Se o mundo pudesse aguentar
Os pobres ela pisaria
E os ricos iria humilhar
Milhares de guerras faria
Pra se deleitar
Por isso eu prefiro cantar sozinho
Solidão, que poeira leve
Solidão, olha a casa é sua
O telefone chamou, foi engano
Solidão, que poeira leve
Solidão, olha a casa é sua
E no meu descompasso passo o riso dela
Solidão (solidão)


Tom Zé
 

2 comentários:

João Paulo disse...

A luz do entardecer, a cidade obscura onde esconde vários segredos, a sombra e a morte caem sobre Roma e nos remetem a solidão do homem e suas agruras. Giorgio de Chirico em sua arte e Tom Zé em sua poética escrita e cantada trás o mesmo encantamento, o espanto e a potência ao ver o ser desvelado, que se encontre atrás das máscaras.
Excelente espaço de reflexão.

João Paulo disse...

A luz do entardecer, a cidade obscura onde esconde vários segredos, a sombra e a morte caem sobre Roma e nos remetem a solidão do homem e suas agruras. Giorgio de Chirico em sua arte e Tom Zé em sua poética escrita e cantada trás o mesmo encantamento, o espanto e a potência ao ver o ser desvelado, que se encontre atrás das máscaras.
Excelente espaço de reflexão.