Tomasz Rut







SEM POUSO

à beira de uma varanda
de chão em ruínas
a vida passa
com pressa
e o quê deixa
em seu rastro
vem-me em volúpia
imóvel
já sem as lágrimas
ainda em flor.

ainda
porvir.

e as janelas
já sem pouso
sorriem para lado nenhum.

(entre-mundos eu vivo
sem uma saber da outra)


Ana Paula Perissé 

3 comentários:

Anônimo disse...

Fico imaginando o mundo sem este espaço para nos aconchegar. Parabéns a todos os envolvidos.

Anônimo disse...

Acho suas poesias muito bonitas e delicadas, mãe. Eu tenho orgulho de ter uma mãe que nem você. Bernardo Perissé

Fada do Mar Suave disse...

Querida poeta Ana Paula Perissé
Como é bom postar suas poesias para que todos que aqui passam possam usufruir destes maravilhosos sentimentos tão bem colocados por você. Sua poesia toca tão profundamente nossa alma que deixa-nos extasiados e nos levam a reflexões sobre nossas existências. Agradeço sempre sua amizade que amo e respeito. A arte de Tomasz Rut ficou divina com seus escritos e a ele agradeço pela beleza que nos surpreendeu e encantou.
A todos os amigos meus agradecimentos, voltem sempre, e o meu desejo de muita paz e alegria em suas vidas.
Com muito amor da Fada do Mar Suave.