Nathan de Castro
que me provoca, veste sempre o meu semblante
anuviado, pálido e de olhar disperso,
a buscar no vazio o seu abraço amante.
E a flor? Era vermelha, rosa ou amarela?
Perco no espaço o beijo que traz os sabores
e o gosto da saudade amarga, me revela
que a paz da solidão esquece o tom das cores.
Da flor que joguei fora ao vento da conquista,
ficou o adocicado perfume dos lábios
e o gosto de batom na capa da revista
folheada, rasgada e esquecida no canto
da cama, onde a tristeza de lençóis sombrios
te despe toda noite, para o meu espanto.
Um comentário:
Esta arte é descontraída e cheia de charme e graça. Tão bela quanto o artista. Adorei as poesias de Nathan de Castro e em especial Capa de Revista. Nora Jones é um show e tudo ficou leve e lindo. Parabéns!
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