Preciso urgentemente de um chorinho amigo,
que me faça escrever a paixão com jeitinho
brasileiro de ser, pois tudo o que eu rabisco
o poema devolve e pede um cavaquinho.
Preciso urgentemente do sorriso de flautas,
que me ensine a acender no rosto do soneto
a alegria, as emoções das velhas serenatas,
os fins de madrugadas, a praça e o coreto.
Pandeiro e violão: instrumentos do crime.
Polícia e camburão, sol nascendo entre as grades.
E tudo em Patrocínio era felicidade!
Lembrar felicidade em sonetos suprime
palavras e amizades, não cabem nas linhas,
mas guardo esta saudade ao som de Pixinguinha.
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