Philip Hone Williams



 

 

 

 


Poema de Lua

                                                                               Nathan de Castro



Lá vai um poeta nos braços da noite,
na grama molhada, contando a passada.
Rabisca palavras e rimas de afoite,
talvez na certeza da chuva e enxurrada.



Lá vai um poeta, brincando de foice,
carpido de espinhos e rochas da estrada.
Vai qual uma sombra perdida no açoite
da noite que ensina o silêncio do nada.



Em busca do verso, o poeta flutua
nas ondas do tempo e enfrenta os miúras
que vagam nos trilhos das nuvens escuras.



Vai cheio de mato, saudades ao vento,
pingado de chuva, brindando ao momento
e às águas que jorram poemas de lua.



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