Anne Bachelier







Soneto IV


Desde que Amor cruel envenenou
O peito meu no fogo que fulmina,
Ardi-me sempre na fúria divina,
Meu coração jamais o abandonou.

Qualquer tormento, a que ele me obrigou,
Qualquer perigo e vindoura ruína,
Ou mau presságio que tudo termina,
Meu coração jamais se amedrontou.

Por mais que Amor nos ataque raivoso,
Mais nos obriga a vê-lo venturoso,
Sempre saudável ao vir combater.

Não é por isso que nos favorece,
Ele que os Deuses e os homens esquece,
Mas por mais forte aos fortes parecer.


Louise Labé

2 comentários:

Osvaldo Heinze disse...

Estou encantado!!!
Parabéns pela arte magnífica que traz vida nova pra minha vida.
Pela poesia que faz minha alma tão mais atrevida...

Vivas! Para as três meninas que fizeram esse blog belíssimo!

O.Heinze

Fada do Mar Suave disse...

Agradeço a artista Anne Bachelier que gentilmente autorizou a postagem de sua arte neste blog. Sua arte encantou a todos que por aqui passaram e foi uma alegria e uma honra tê-la neste espaço.
Também gostaria de agradecer todas as mensagens de carinho postadas aqui, pois fiquei imensamente feliz com sua visita.
Aos amigos que recebem as atualizações e que vem visitar o blog sejam bem-vindos, espero que gostem e voltem sempre.
Com amor da Fada do Mar Suave.