Jean Bailly







Vulnerabilidade


Fiquei sabendo que ela caiu. Estava indo devagar para a casa
Tomei um susto tão grande que meu estômago chegou a amargar a língua
Um refluxo violento esquentou minha laringe vermelha
E minha garganta fechou para o ar frio desse inverno.

Ela caiu e não soube o como e o porque
Sua caminhada ao chão foi longa e dolorosa
Não é bom quando os bons iniciam a caída
Lembro-me de espadas em crânios abertos no ar frio de inverno

O cair sempre é vergonhoso para o voyerismo social
O caído, e por vezes machucado, é tomado pela penumbra da vergonha
O sangue fica feroz nas veias e pequenos derrames cínicos invadem os olhos
A adrenalina auxilia, mas nada que esquente o ar frio desse inverno.

A senhora branquinha e linda caiu como uma pluma
Uma nuvem foi ao chão como uma pedra vulnerável
E sua agonia tremeu o meu espírito gelado
O medo da finitude é como a perda da pessoa amada no ar frio desse inverno.

Passou-me na mente seu semblante tranqüilo, alegre e suave
Escutei sua voz pausada, mansa e gentil
Ela faz falta em minha simples vida de ser humano
Sinto saudades do dia que andamos na praça em meio ao ar frio desse inverno.


Lúcio Alves de Barros

3 comentários:

Entre as palavras disse...

Para me amar

Lá vem essa música novamente
Novamente lá vou eu no embalar dela
De tempos em tempos lembra-se de mim

Ligados estamos por telepatia
Percebe ela a melancolia na qual estou afundado
Essa mulher, tal como uma sereia, que me tira do fundo
Do fundo do poço que me meti.

E lá estão as telas
Belas como ela
Acachapantes com cores, amores, dores, odores

E aqui estou, esforçando-me por encontrar palavras
Palavras em meio às lágrimas tristes de fim de ano
Lágrimas que se misturam na tela atrapalhando o meu teclado
E a música toca, enquanto não canso de ver as telas

Já lhe disse que vê o que não sou
Não sou o que ela pensa que sou
Sou um nada perto do que realmente ela é
Veja com quem ela anda acompanhada

Com ela os dias ficam mais suportáveis
Penso no dia de cada vez
E ao vê-la se lembrando de mim
Também lembro de minha respiração
Dos soluços, dos sustos, dos medos e da alegria em saber
Saber que em algum lugar...
Nesse mundo da virtualidade
Existe uma mulher, uma fada suave
Que do mar perde o seu maravilhoso tempo e talento para me amar.

Lúcio Alves de Barros
Para fada do Mar Suave (Dezembro de 2010)

Entre as palavras disse...

Para me amar

Lá vem essa música novamente
Novamente lá vou eu no embalar dela
De tempos em tempos lembra-se de mim

Ligados estamos por telepatia
Percebe ela a melancolia na qual estou afundado
Essa mulher, tal como uma sereia, que me tira do fundo
Do fundo do poço que me meti.

E lá estão as telas
Belas como ela
Acachapantes com cores, amores, dores, odores

E aqui estou, esforçando-me por encontrar palavras
Palavras em meio às lágrimas tristes de fim de ano
Lágrimas que se misturam na tela atrapalhando o meu teclado
E a música toca, enquanto não canso de ver as telas

Já lhe disse que vê o que não sou
Não sou o que ela pensa que sou
Sou um nada perto do que realmente ela é
Veja com quem ela anda acompanhada

Com ela os dias ficam mais suportáveis
Penso no dia de cada vez
E ao vê-la se lembrando de mim
Também lembro de minha respiração
Dos soluços, dos sustos, dos medos e da alegria em saber
Saber que em algum lugar...
Nesse mundo da virtualidade
Existe uma mulher, uma fada suave
Que do mar perde o seu maravilhoso tempo e talento para me amar.

Lúcio Alves de Barros
Para fada do Mar Suave (Dezembro de 2010)

Fada do Mar Suave disse...

Lúcio
Fiquei muito emocionada com esta homenagem que guardarei para sempre em minha memória e em meu coração.
Sempre meu melhor presente!!!
Adoro tê-lo sempre neste espaço com todo o sua luz e beleza.
Beijosssssssssssssss